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Sobre o projeto

Juntando Histórias

Lilian

Cresci ouvindo histórias contadas pelos meus avós, imigrantes vindos de terras distantes, sobre pessoas que só conheci por fotografias — mas que, ainda assim, se tornaram parte essencial da minha história. Quando minha irmã também trilhou o caminho da migração, o tema tomou cores mais vivas, deixou de ser uma memória e passou a fazer parte do meu presente, com todas as suas complexidades e implicações. Como psicóloga acompanhei histórias fortemente influenciadas por aspectos ligados a imigracao e expatriação , com repercussões nem sempre percebidas , ou associadas à história migratória familiar. Em uma das muitas conversas com a Maria, surgiu a ideia de criar um projeto que abordasse a migração de forma ampla e sensível, dando voz a todos os envolvidos nessa jornada.

Maria

Sou neta de italianos e sempre fui muito próxima dos meus avós. Desde jovem, a ideia de morar no exterior — ainda que temporariamente — me encantava. Minha jornada migratória começou aos 26 anos. Logo percebi que o sonho vinha acompanhado dos desafios típicos desse processo. Algumas experiências que meus avós haviam me contado — e que antes me parecia tão distante — passou a fazer parte da minha realidade. Como psicoterapeuta nos Estados Unidos, escutei muitas histórias de outros migrantes e de filhos de famílias imigrantes. Percebi que, frequentemente, esses filhos enfrentavam dificuldades para compreender não só suas próprias experiências, mas também o que seus pais haviam vivenciado durante a migração — e o impacto contínuo dessa vivência. Por outro lado, os pais também tinham dificuldades em entender os desafios de seus filhos ao crescerem em uma cultura diferente da sua. Senti, então, que era fundamental criar espaços de diálogo entre pais migrantes e seus filhos. Ao compartilhar essa ideia com a minha irmã Lilian, ela trouxe uma visão ainda mais abrangente: incluir também os familiares que permaneceram no Brasil.

Assim nasceu o projeto Juntando Histórias — um espaço para reunir relatos e criar conexões.

As pessoas migram por diferentes razões, e cada trajetória é única. O impacto da migração se estende para além da pessoa que parte — alcança também quem fica, quem nasce no novo país e toda a comunidade ao redor dessas vivências. Embora seja um fenômeno antigo, mundial e recorrente, a migração muitas vezes é desumanizada. Com o Juntando Histórias, queremos criar uma comunidade acolhedora, onde cada pessoa possa elaborar e expressar suas experiências — seja como migrante, seja como familiar de migrante — de forma autêntica, por meio de rodas de conversa, relatos, produções artísticas ou outras formas de expressão.

Sejam muito bem-vindos!
Aqui, nossa comunidade não conhece fronteiras.

sobre o projeto

juntos vamos mais longe!

Nosso time, nossa história

As mentes por trás do Juntando Histórias

Maria Romani de Goes

Psicoterapeuta

MPS, LCAT, ATR-BC

Lilian Romani de Goes Camas

Psicóloga, Profa. Dra.

Compartilhe sua história

Queremos te ouvir!
Se você viveu uma experiência de migração — ou se é familiar de alguém que migrou e também foi tocado por essa jornada — envie seu relato para nós.
Sua história pode acolher, inspirar e fortalecer outras pessoas que estão passando por algo parecido.
É simples: escreva e compartilhe conosco!

Maria Romani de Goes

Psicoterapeuta

MPS, LCAT, ATR-BC

Atravessar fronteiras vai além do físico — é também um processo emocional, cultural e identitário.

Ser migrante é recomeçar sem apagar a própria história. É sentir saudade, viver entre línguas, valores e paisagens, buscando pertencimento. Ser filho de imigrante é crescer entre mundos, carregando o peso dos sonhos dos pais e o desafio de construir uma identidade própria entre culturas distintas.

Como psicoterapeuta brasileira migrante, conheço de perto os desafios — e as forças — que marcam essa jornada. Acompanho a mais de 20 anos brasileiros(as) no exterior, filhos adultos de migrantes, famílias e casais interculturais que enfrentam questões como ansiedade, isolamento, adaptação cultural, conflitos familiares ou conjugais, luto migratório, reconstrução da identidade e desafios ligados ao pertencimento em contextos multiculturais.

Nos encontros do Juntando Histórias, ofereço um espaço seguro, afetivo e criativo, onde você pode se expressar em sua língua materna e ser compreendido em toda a complexidade da experiência migratória.

Atendo em português, inglês e espanhol, com uma abordagem integrativa, sistêmica, centrada na pessoa e sensível ao trauma. Combino terapia da fala, arteterapia e técnicas mente-corpo, respeitando a singularidade de cada trajetória.

Lilian Romani de Goes Camas

Psicóloga, Profa. Dra.

Pertencer a um grupo formado por diferentes culturas traz uma perspectiva abrangente sobre identidade, cultura e pertencimento.

Crescer em uma família com raízes em outro país significa carregar traços dessa herança cultural e afetiva. Quando esse processo se repete e novas raízes são plantadas em novos solos, há a exigência de novas adaptações por parte de todas as pessoas envolvidas.

Como psicóloga clínica, tenho acompanhado imigrantes, casais biculturais e seus familiares enquanto enfrentam questões como a manutenção de vínculos afetivos, ansiedade, sentimentos de isolamento, parentalidade, adaptação cultural, conflitos familiares ou conjugais, luto migratório, reconstrução da identidade e desafios ligados à adaptação em contextos multiculturais, acolhendo suas dores e  desenvolvendo sua plena potencialidade.

Nos encontros do Juntando Histórias, ofereço um momento de afeto e respeito à sua experiência de vida, em que você poderá compartilhar sentimentos, dúvidas e soluções já encontradas por você ou por aqueles que vivem situações semelhantes.

Atendo em português, utilizando a abordagem cognitivo-comportamental, com foco sistêmico e nas relações de vínculo afetivo.

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