Quando vim, não fiz muitos planos. Era como se fosse a ordem natural das coisas, não uma opção — como um conto que se desenvolve conforme a história está sendo criada. Estava animada com a oportunidade, com as possibilidades da experiência.
Havia outras razões, mas, na época, isso não estava claro para mim. Era jovem; não pensei nas consequências a longo prazo. Tudo era uma novidade, uma aventura. Nunca pensei que voltar — voltar mesmo — não seria possível.
As dificuldades vieram com o tempo. Sentimentos difíceis de explicar. Uma mistura de culpa e solidão. Perdas indescritíveis. Foi difícil por muito tempo.
Não digo que não viria, que foi ruim, mas, às vezes, penso no que teria feito diferente. Como eu seria se tivesse tomado outras decisões. Às vezes, penso que aconteceu do jeito que era para acontecer.
Olhar para trás me faz olhar para frente com mais presença. Sei que não posso controlar o futuro — e acho que nem quero —, mas quero sentir onde estou pisando com plenitude.